Um registo que tem a ver mais com polícia do que com política, mas que certamente terá impacto nas próximas eleições em Marimbondo. O município localizado no agreste alagoano, apesar de pequeno (cerca de 14 mil habitantes) é muito conhecido pela sua localização estratégica, às margens da BR 316 e tem em seu histórico alguns políticos que se envolvem em problemas policiais.
É o caso do prefeito do município, Leopoldo Pedrosa (PRB), que acaba de se envolver em mais um episódio policial.
No final da tarde desta sexta-feira (20), ele foi preso em um bar localizado no bairro Brasília, em Arapiraca.
Segundo informações da Polícia Civil, os agentes da PC cumpriram um mandado de prisão acerca de um crime de homicídio ocorrido em São Miguel dos Campos e do qual Leopoldo Pedrosa é acusado
A operação foi comandada pelo delegado de São Miguel dos Campos, João Marcello.
Segundo a polícia, os agentes encontram uma pistola e um quilo de cocaína dentro do carro do prefeito ao realizar revista pessoal e no veículo, no momento da prisão.
A situação do prefeito se complicou não só no campo político, mas também na área jurídica. Após o flagrante, ele foi encaminhado para a Central de Polícia Civil, no bairro Baixão, em Arapiraca. Além do cumprimento ao mandado de prisão, deve ser autuado por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, uma vez que a quantidade do entorpecente confira o crime.
Histórico policial
Leopoldo Pedrosa tem um histórico de problemas com a Justiça. Em 2008, quando era vereador, foi preso pela PRF e autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Em 2013 foi preso em em Maceió, por dirigir embriagado e portar documento falso ao ser parado pela polícia porque discutia fortemente com a então esposa, Meiry Emmanuella de Oliveira Vasconcelos, que depois o acusaria de violência doméstica – fato que motivou sua terceira prisão, com base na Lei Maria da Penha, em 2017, quando já tinha assumido a prefeitura de Maribondo.
O prefeito chegou a passar meses em um presídio e foi liberado com uso de tornozeleira eletrônica e uma ordem de restrição contra a ex-mulher e a mãe dela, que também teria sido vítima de agressões. No ano seguinte, foi novamente acusado de sequestro e agressão contra a ex-mulher e já em 2019 se envolveu novamente em um episódio de violência: após uma discussão pública com o vereador Leandro Batista, sobre sobre a sede de uma associação, o prefeito tentou dar um soco no vereador, que conseguiu se esquivar, mas ainda agrediu seu próprio secretário de gabinete, Valdemar, que tentava acalmar os ânimos.
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