O executivo Roberto Campos Neto, atualmente diretor do Banco Santander, foi indicado pela equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro para presidir o Banco Central. Ele vai substituir Ilan Goldfajn que, que já comunicou ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que não permaneceria por razões familiares e pessoais.Em nota, na tarde desta quinta-feira (15), Paulo Guedes confirmou o nome de Campos Neto. Ilan Goldfajn também divulgou uma nota em que "felicita o governo eleito pela indicação, ao Senado Federal, do economista Roberto Campos Neto para sucedê-lo no cargo". Goldfajn fica na Presidência do BC até que o Senado aceitar o nome de Campos Neto.
Mais cedo, a assessoria do economista Paulo Guedes, futuro ministro da economia do governo de Jair Bolsonaro, informou que a escolha do nome para comandar o Banco Central estava em fase final de definição e, assim que confirmada, seria devidamente anunciada.Para assumir o comando do BC, o economista será sabatinado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal. Ele também precisa ser aceito pelo plenário da Casa.
Perfil
Roberto de Oliveira Campos Neto, como o nome indica, é neto do economista Roberto Campos, ministro do Planejamento no governo do general Castelo Branco e um dos principais expoentes brasileiros do pensamento liberal na economia. O futuro presidente do BC está no quadro de executivos do Banco Santander há 16 anos. Atualmente é responsável pela Tesouraria. Campos Neto é economista e tem especialização em Finanças pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e é reconhecido por alguns no mercado por seu perfil técnico.
Iniciou a carreira no banco espanhol como chefe da área de renda fixa internacional, cargo que ocupou de 2000 a 2003. No ano seguinte, migrou para a gestora Claritas, onde ocupou a posição de gerente de carteiras. Em 2005, voltou ao Santander como operador e em 2006 foi chefe do setor de trading. Em 2010, passou a ser responsável pela área proprietária de tesouraria e formador de mercado regional e internacional.
Mansueto permanecerá no Tesouro Nacional
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, permanecerá no cargo no futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, confirmou uma fonte graduada da equipe de transição. A permanência de Mansueto na equipe econômica já vinha sendo aventada. Em entrevista ao Broadcast na quarta-feira, havia dito que sua permanência no cargo não dependia apenas dele. "O governo tem muitas pessoas especializadas, diversos PhDs”, disse Mansueto, em Nova York, onde estava na quarta-feira em apresentação para investidores.
Especialista em finanças públicas, Mansueto chegou ao governo federal com o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff e a nomeação de Henrique Meirelles como ministro da Fazenda. Inicialmente, foi titular da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. Passou à Secretaria do Tesouro Nacional com a saída de Meirelles, que acabou provocando uma dança das cadeiras a partir da promoção de Eduardo Guardia de secretário-executivo para ministro.
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