Nesta segunda-feira (6), a Prefeitura de Porto Alegre publicou um decreto determinando o racionamento de água, que precisará ser feito pelo Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos). A decisão do prefeito Sebastião Melo (MDB-RS) foi tomada por conta da falta de água que atinge 85% da população.
Por causa das chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desde o começo da semana passada, quatro estações de tratamento que abastecem Porto Alegre foram afetadas. Neste momento, apenas Belém Novo está funcionando.
De acordo com o texto publicado no Diário Oficial de Porto Alegre, a água que é distribuída na cidade terá que ser usada exclusivamente para o “abastecimento” e “consumo essencial”.
Desta forma, não poderão ser feitas atividades não essenciais, como lavagens de calçadas, jardins, gramados, automóveis, clínicas estéticas, academias, e banho e tosa em animais.
O prefeito Sebastião Melo explicou que o racionamento de água é fundamental para evitar o desabastecimento total. Ele relatou que “vai levar tempo até ser retomado com regularidade” e garantiu que a prefeitura busca “alternativas em diferentes frentes”, mas pediu a “consciência de cada cidadão”.
A situação é alarmante em todo o estado do Rio Grande do Sul, conforme relatado pela Defesa Civil. Até o momento, os registros apontam para 85 mortes, 339 feridos e 134 desaparecidos.
O cenário meteorológico preocupa, com previsão de novas chuvas ao longo da semana, mantendo todos em alerta. O Rio Guaíba, em Porto Alegre, está 2,30 metros acima da cota de inundação, agravando ainda mais a situação na capital e região metropolitana. Segundo cientistas, as enchentes na Grande Porto Alegre devem durar ao menos mais 10 dias .
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