A Prefeitura de Manaus decretou emergência por 180 dias devido à estiagem que afeta o estado do Amazonas e a capital. O decreto tem o objetivo de amenizar os impactos da seca, que já tem afetado a população e as comunidades ribeirinhas.
Este é o segundo decreto de emergência anunciado pelo governo do Amazonas em 2024. O primeiro no dia 28 de agosto.
Segundo a Defesa Civil estadual, mais de 360 mil pessoas – o que equivale a cerca de 90 mil famílias – já foram afetadas pela estiagem.
Além de autorizar ações emergenciais, a decisão também permite a utilização de recursos e parcerias para amenizar os efeitos sociais, econômicos e ambientais provocados pela seca.
Nesta quinta-feira (12), o Rio Negro, em Manaus, atingiu a cota de 17,02 m. Uma diferença de 4,32 m da menor cota da série histórica, de 26 de outubro de 2023, quando o Rio Negro atingiu a marca de 12,70 m na capital.
Além do Rio Negro, outros 12 grandes rios nacionais foram afetados pela estiagem, segundo o estudo realizado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Segundo o estudo, a seca deste ano afeta 55% do território nacional, um total de 4,6 milhões de km² - que englobam os rios, lagos e reservatórios das regiões Centro Oeste, Sudeste e da Amazônia .
A situação de emergência é declarada quando se trata de um contexto anormal, relacionado a desastres e que causa danos e prejuízos à comunidade.
O estado do Amazonas é apenas um dos afetados pela seca mais extensa da história do Brasil, que contribuiu para o maior número de queimadas em todo o território nacional dos últimos 14 anos.
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