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Professora é espancada por cobrar dever de casa de aluno

Professora cobra tarefas do aluno e recebe tapa dele

Por: Profº Nicanor Fonte: ig
25/03/2025 às 13h12 Atualizada em 06/04/2025 às 21h22
Professora é espancada por cobrar dever de casa de aluno
reprodução

professora Célia Regina, de 65 anos, alega ter sido brutalmente espancada pelos familiares de um aluno em sua casa no bairro Resgate, em Salvador (BA), na segunda-feira passada (18). Em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Record, ela contou que a agressão ocorreu uma semana após o próprio aluno, um garoto de 7 anos, agredi-la no rosto após cobrança de um exercício.

De acordo com Célia, tudo começou quando ela advertiu a criança de que as aulas eram particulares e, por isso, ele devia fazer os exercícios que ela pediu. "Eu disse: "menino, você não copiou nada", e ele respondeu "não copiei, e daí?". Respondi: "e vamos estudar como?" e aí ele foi, e deu um tapa no meu rosto", disse à jornalista, afirmando que chamou a mãe da criança logo em seguida.

Ela disse que a mãe foi buscar a criança e não quis entender o que houve. Uma semana depois, o menino voltou para o reforço com um celular, que a própria mãe havia dado para ele gravar a aula particular.

"Foi o que eu disse a ele: se comporte, pelo amor de Deus, e não me bata, me respeite", afirmou. Ela ainda chamou a mãe do garoto novamente, porque não gostou da ideia de gravar a aula.

A mãe foi até a casa da professora, acompanhada da tia e do padrasto da criança. Quando Célia foi ao encontro dos familiares, foi agredida.

"Ele subiu (até a casa), me pegou pelo cabelo e me jogou no chão", disse, se referindo ao padrasto. "Aí começaram as sessões de tortura. Eles só não me mataram devido à vizinha aqui do lado", contou.

Célia foi agredida com chutes, teve o cabelo arrancado pelos familiares do aluno e, ainda, diz ter sido ameaçada de morte e de estupro pelo homem, que havia levado uma arma de choque. 

Ele disse que ia me matar e que pra ele não ia dar em nada, porque ele iria preso, amanhã iria ter audiência de custódia, ele iria solto e eu ia ficar dentro do caixão", disse.

No momento da agressão, a docente lecionava para outros alunos de idade inferior a do jovem, que assistiram à cena e ficaram assustados. Desde o dia do episódio, a idosa não sai de casa e busca se recuperar do trauma que sofreu.

Família contesta versão de professora

Após a repercussão do caso, a família do menino contestou a versão de Célia. A mãe, que preferiu não se identificar, disse que a professora cometia maus-tratos contra a criança durante as aulas.

O advogado da família disse, à TV Aratu, que o menino relatou sofrer "tratamento agressivo" e ameaças de Célia Regina. Além disso, a mãe apresentou um áudio que, segundo ela, flagrou a professora empurrando e chamando a criança de "palhaço arruaceiro".

 

Célia Regina registrou um boletim de ocorrência. O caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Salvador. O  Portal iG entrou em contato com a unidade, mas foi informado que os dados sobre as diligências não poderiam ser compartilhados.

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