Num novo levantamento publicado hoje, a Organização Meteorológica Mundial alerta que o planeta atravessará um período de temperaturas altas inéditas nos próximos cinco anos, com um profundo impacto em diversas regiões do mundo. Na Amazônia, a previsão é de queda do regime de chuvas, com um possível impacto para a agricultura brasileira.
O fenômeno será alimentado pela concentração ainda elevada de gases de efeito estufa que retêm o calor e pelo El Niño, que retorna com força. A entidade já destacou que os últimos oito anos foram os anos mais quentes já registrados. Agora, a agência ligada às Nações Unidas prevê:
Há uma probabilidade de 98% de que pelo menos um dos próximos cinco anos, e o período de cinco anos como um todo, seja o mais quente já registrado.
"Prevê-se que as temperaturas médias globais continuem aumentando, afastando-nos cada vez mais do clima com o qual estamos acostumados
Diante da constatação, o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, deixou claro no final do ano passado que "o mundo está em uma encruzilhada - e nosso planeta está na mira". "Estamos nos aproximando do ponto de não retorno, de ultrapassar o limite acordado internacionalmente de 1,5 grau Celsius de aquecimento global", insistiu. Não por acaso, o Acordo de Paris estabelece metas de longo prazo para orientar todas as nações a reduzir substancialmente as emissões globais de gases de efeito estufa, a fim de limitar o aumento da temperatura global neste século a 2 °C e, ao mesmo tempo, buscar esforços para limitar o aumento ainda mais a 1,5 °C, para reduzir impactos adversos e perdas relacionados.
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