No Rio de Janeiro do Leblon ao Recreio dos Bandeirantes, sob um sol de 35 graus, o domingo coalhou as praias cariocas. Era preciso pedir licença para dar um mergulho, sentar na areia ou abrir o guarda-sol.
As mesmas cenas se repetiram nas praias de São Paulo e no resto do país, embora a pandemia ainda esteja longe de acabar. No dia em que o Rio inaugurou o verão do coronavírus, em pleno inverno, a média móvel de mortes subiu pelo nono dia seguido.
Bolsonaro ganhou mais uma. Na sua vitoriosa cruzada contra o isolamento social, com mais de 120 mil mortos e quase 4 milhões de infectados, ele tinha todos os motivos para comemorar. Sem máscara ou qualquer cuidado com a higiene, empilhados e aglomerados nas areias e no mar, todos podiam cantar os versos de Lenine: "É bundalelê/ É bundalalá/Vou no vácuo do Suvaco/Até onde me levar".
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