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EUA afirmam que 'mais de 50 países' já pediram revisão das tarifas de Trump

Diversos países estão negociando as tarifas com os EUA

Por: Profº Nicanor Fonte: FolhaPE
06/04/2025 às 21h11 Atualizada em 13/04/2025 às 21h00
EUA afirmam que 'mais de 50 países' já pediram revisão das tarifas de Trump
reprodução

O governo de Donald Trump assegurou neste domingo que mais de 50 países pediram para negociar a eliminação ou a redução das tarifas impostas por Washington a produtos importados pelos americanos, em conversas que, acrescentou a Casa Branca, podem levar meses até dar frutos.

Ontem, entrou em vigor nos Estados Unidos um imposto universal de 10% sobre as importações de todos os países. Na quarta-feira, os tributos sobre importações provenientes de alguns países, como os membros da União Europeia (20%) e a China (34%), aumentarão, conforme anunciou Trump em 2 de abril. No caso do Brasil, serão aplicamos somente os 10% básicos.

O anúncio do que Trump chamou de "tarifas recíprocas" provocou o colapso dos mercados em todo o mundo.

— Mais de 50 países entraram em contato com o governo para reduzir as tarifas e pôr fim à manipulação de suas moedas — declarou à NBC o secretário do Tesouro, Scott Bessent. — Vamos ver se o que eles têm a propor é crível, porque depois de 20, 30, 40 ou 50 anos de mau comportamento, não se pode começar do zero.

                                            China retalia na mesma moeda
A China respondeu imediatamente às tarifas sobre seus produtos com medidas similares contra os Estados Unidos. Já líderes europeus intensificaram seus contatos durante o fim de semana antes de, na segunda-feira, os ministros do Comércio da União Europeia se reunirem para definir a resposta do bloco.

 

— O mundo como o conhecíamos desapareceu — previu o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, diante dessa mudança no comércio internacional.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem encontro marcado nesta segunda-feira com Trump em Washington para tratar, entre outros assuntos, da nova tarifa aduaneira de 17% que os Estados Unidos planejam impor ao seu grande aliado, Israel.

                                                    Pouca abertura
Mas o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, advertiu neste domingo, no canal CBS, que as novas tarifas que entram em vigor em 9 de abril não estarão sujeitas a possíveis negociações.

— Não haverá adiamento — insistiu Lutnick. — As regras não estão equilibradas, e o presidente Trump vai consertar isso.

 Na mesma linha, Bessent sugeriu que as tarifas que entrarem em vigor permanecerão ativas por ao menos vários meses:

— Esse não é o tipo de coisa que se pode negociar em poucos dias ou semanas.

 Os países que buscam uma saída negociada para a guerra comercial de Trump o fazem porque consideram que suas economias vão sofrer grande parte das consequências das tarifas, disse hoje à ABC, o principal assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett.

 

 

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