
Vicente Yáñez Pinzón é considerado o descobridor do Brasil por diversos estudiosos e pelas enciclopédias Britânica e Barsa, por ter atingido o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco em 26 de janeiro de 1500, cerca de três meses antes da chegada de Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro.
Trata-se da mais antiga viagem comprovada ao território brasileiro. Por ter descoberto o Brasil, Pinzón foi condecorado pelo rei Fernando II de Aragão em 5 de setembro de 1501.
Entretanto, a navegação de navios castelhanos ao longo da costa brasileira não produziu consequências políticas por conta do Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha. A chegada de Pinzón pode ser vista como um simples incidente da expansão marítima espanhola. Por isso, considera-se que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
Juventude
Vicente Yáñez nasceu em 1462, na cidade portuária de Palos de la Frontera, na costa atlântica da Andaluzia. Desde muito pequeno aprendeu a arte de navegar com seu irmão mais velho, um dos mais destacados navegadores da época.
Primeira Viagem de Colombo
Vicente Yáñez foi o primeiro a aceitar o convite de alistamento feito pelo seu irmão, quando o cônego português Fernão Martins decide apoiar o projeto de Colombo de chegar às Índias pelo Oeste. Pela sua experiência, terminou capitão da caravela Niña, tripulada por 24 homens.
Viagem ao Brasil, Venezuela e Caribe (1499-1500)
Um Mapa datado de 1500, menciona a viagem ao Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco feita por Vicente Yáñez Pinzón. A leste do cabo aparece, desconectada do continente, a Ilha de Vera Cruz (Ysla descubierta por portugal).
A Praia de Calhetas está situada na face norte do Cabo de Santo Agostinho, local da descoberta do Brasil pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón em 26 de janeiro de 1500. O acidente geográfico faz parte do território da cidade pernambucana homônima, na Região Metropolitana do Recife.
Em 1498 a Coroa Espanhola decide permitir que particulares realizassem viagens de descobrimento.
No dia 13 de janeiro de 1500, Pinzón partiu então no rumo do sudoeste, em direção às novas terras que o próprio Colombo e Alonso de Hojeda tinham descoberto havia pouco mais de um ano, e que ficavam ao sul das ilhas do Caribe, achadas em 1492.
Por uma semana, vagalhões enormes e os ventos uivantes que os acompanhavam quase fizeram naufragar as caravelas. Elas só conseguiram "seguir seu caminho com grande perigo.
Ironicamente, o mau tempo acabaria permitindo a Pinzón realizar umas das mais rápidas travessias entre o Cabo Verde e o Brasil. Suas caravelas gastaram apenas 13 dias para cobrir uma distância de 1 400 milhas náuticas (ou cerca de 2 390 km) - trajeto que custaria cerca de um mês de viagem a quase todas as expedições subsequentes, entre as quais a comandada pelo português Pedro Álvares Cabral.
E então, na manhã de 26 de janeiro de 1500, vencidos todos os perigos do mar, Pinzón e seus homens desembarcaram em um cabo. Eles o chamaram de "Santa María de la Consolación". Pinzón avistou o Cabo de Santo Agostinho e ancorou suas naus num porto abrigado e de fácil acesso a pequenas embarcações.
A Espanha não reivindicou a descoberta, minuciosamente registrada por Pinzon, devido ao Tratado de Tordesilhas, assinado com Portugal.
Na praia, às margens do rio, registrou-se um violento combate com os índios locais, pertencentes à tribo dos potiguaras.